BEM-VINDOS E ESPERO QUE PASSEM UM MOMENTO DE PRAZER

O luar desconhecido que nos fascina e descobre na penumbra











Nem sempre há luar onde o homem nasce







MENSAGENS


MENSAGENS

Obrigado, Mário.. É uma honra e um prazer ler o quão bem escreve.

Um abraço

Pedro Abrunhosa





terça-feira, 28 de setembro de 2010

NÃO ESPERES...

Não esperes por mim
não me digas
a que horas,
eu sei
porque choras...

é de ti
que preciso,sim
fui eu que fugi...

na penumbra
que me esconde
desapareci...

sem saber
onde vou
não esperes por mim...

Mário M.Carvalho

domingo, 26 de setembro de 2010

ENTRE LUGARES...

Entre lugares
passam nuvens
passam cheiros
o sol e a chuva
passam desejos...

montanhas
desertos
planícies
passam rios...

passam mares
e marés
barcos,muitos navios...

passa o vento
entre nós...

não há longe
nem perto
só o tempo

entre lugares
que nos procuram...

Mário M.Carvalho

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

SEM AURORA...

Fecha-se um sorriso
desenterra-se
a inquietude...

pairam
desesperos
amorfos,
soluçam
num choro
escuro...

emalhado
numa barga
perdida,
um alento
de longe
quer ouvir-se...

um despertar
sem aurora...

sem manhã
sem dia
nem hora...

Màrio M.Carvalho

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

ÀS VEZES FICO SÓ...

Sabem
eu às vez fico só...

num sorriso
de menino
que guardei...

ninguém me ouve...

releio-me
do princípio
ao fim...

é o meu jogo
nos trunfos
que perdi...

desligo a música
e bebo,
afasto-me
ao abandono...

vejo que ainda
não cheguei,
espero por mim...

sabem
não gosto
de ficar só...

Mário M.Carvalho

terça-feira, 14 de setembro de 2010

EU HEI-DE ME LEMBRAR...

Eu hei-de me lembrar
de te amar
nas dunas desertas
que não conheço...

eu hei-de caminhar
entre o sal
do nosso mar...

eu hei-de me lembrar
de te amar
num verso
que adormeceu...

eu hei-de procurar
na tua espera
um lugar
onde não fui...

eu hei-de não voltar
na alma
de quem partiu...

eu hei-de me lembrar
de te amar...

Mário M.Carvalho

AS PALAVRAS QUE ESQUECI...

Eu aprendi
as palavras
que secaram
no precipício do tempo...

queria cantar
os sons
que dançavam
no teu corpo....

passei sem parar
na rua
em que não te via...

alcança-me
a tortura
na minha fuga...

descalça-me
o sentir
num pesadelo...

queria as palavras
que esqueci...
que perdi sem rasto
de mim....

Mário M.Carvalho

A NUVEM DO SONHO...

A nuvem do sonho
permanece
inventa o que não existe...

inquieta
sobre o chão que fica
não desiste...

sobre ti
desce ao horizonte...

rasga
ultrapassa-te...

sem limites
na espuma do vento...

não desiste...

Mário M.Carvalho

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

ONDE TE ESCONDI...

A luz suave
que se reflecte
nos teus olhos soltos
de brandura...

quero um retrato
uma gravura...

p'lo teu olhar
passa um murmúrio...

será o teu nome ?
eu vou buscá-lo...

tenho um luar
onde quero guardá-lo...

um silêncio
onde te escondi...

um poema
que te escrevi....

Mário M.Carvalho



NÃO ENCONTRA...

Dinâmica, expectativa
novas emoções...percepção...

depois de viver o presente
num desencontro
com o passado...desilusão...

mentalmente selvagem
uma herança desinibida
alguma coragem...

protege-se...culpa-se
não encontra...

Mário M.Carvalho

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

EM FRENTE...

sacudido por convulsões
em sonoras gargalhadas
que trespassam
o sossego da noite...

um devaneio
para espantar
uma grande tristeza
ou um passeio...

caminhava exausto
num labirinto

nunca aprendeu
a olhar p'ra trás
amanhã...o futuro
que nunca temeu...

o deslumbrar
permanente...

abre-se uma janela
invisível...
uma vontade
que não conforta
nem resigna...

olha em frente...

Mário M.Carvalho












quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Joey Calderazzo "Haiku"

NAS MARGENS DO TEU OLHAR...

Nas margens do teu olhar
nasce um poema
que é teu...

só tu sabes ver
o que se abriu
alguém apareceu

nas margens do teu olhar

passou por aqui
essa flor
que nasceu só p'ra ti...

é a única cor
que consegue brilhar

nas margens do teu olhar

é o teu mundo
na tua mão...esse poema
essa flor...

não a deixes secar...

Mário M.Carvalho






SEM VER...

Abre o caminho, fica
vais e vens
larga tudo...

pára
se queres começar
onde ficaste...

não há mais nada
nem além...

só tens
o que nunca deixaste...

abriu-se, sem parar
onde caiu...

sem ver
o que nunca viste
é pior, muito pior
do que sentiste...

Mário M.Carvalho

QUANDO TE ENCONTRAVA...

Sempre estiveste
presente
no meu sentido...

quem mais
te procurava...

passam debaixo
das árvores, caiem folhas
muitas
tudo o que secava...

mas era sempre
na mesma tarde
e na mesma noite...

havia sempre mais,
tudo, tu e eu
quando te encontrava...

no meu sentido ausente
no teu calor presente...

Mário M.Carvalho

DESENCANTO...

Naufragado
na imensidão do vazio
das páginas ocas
que te visitaram...

tinta a mais
palavras a menos...

invisível
entre o que não existe...

o sentido
sem sentido
que persiste...

o encanto
que não aparece
ou o desencanto
que permanece...

um Ser
desordenado
que não te esconde...

Mário M.Carvalho








quarta-feira, 8 de setembro de 2010

INVERNO

Pairam as nuvens, foge o sol
soltam-se as gaivotas, dançam
perto das nuvens, despedem-se do mar...

vem lá tempestade, dizem sempre
debaixo dos alpendres, os sábios do mar...

começa a sentir-se a nortada, nessa tarde
as ondas já não param, a chuva logo anoitece...

tudo em terra, chegou o inverno
e muito depressa , acontece...

chegaram ao fim os dias calmos, perdem-se as horas
o frio não descansa
parece que as cores já não existem, eram raios de sol....

ficamos aqui sentados , o molhe começa a ser batido
não param as vagas , a água quer fugir do mar...

o barulho natural entre os gemidos do vento
as portadas que abanam, os barcos que ficam
areais despidos, tudo tem o seu tempo
p´ra ficar só....o mar...

Mário M. Carvalho


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

UM POUCO...

Um pouco de terra
um pouco de sol
basta um pouco de verdade...

um pouco de tudo
será sempre
um pouco de liberdade...

todos querem tudo
eu fico só
escondido em mim...

um pouco de paz
um pouco de vida
tudo o que dei
que ninguém quer...

é só um pouco
de tudo o que sei...

Mário M. Carvalho

domingo, 5 de setembro de 2010

O MEU VOO...

Voo através de mim
nas minhas escarpas
silenciosas...

o mar ao fundo
bate desenfreadamente
em vagas ruidosas...

o vento que me
corta as asas
lança o grito
da minha raiva...

o meu rosto
que passa
e desfalece...

perdem-se as garras
no voo
que se esquece...

vejo que me desfaço
e entrelaço...

Mário M. Carvalho

A MINHA RESPOSTA...

Por aqui e por ali
passam os meus olhos
perdidos em desilusão
era para estar
entre, pelo menos,
eu e alguém
que me falasse aqui...

alarga-se o passo
e ficam as várias perspectivas
cortadas
e recortadas...

se vejo de longe
tudo parece pequeno
e simples...
é sempre maior que eu
o que me espera...

ainda tento sentir
que me falta essa linha
onde se cruzam os oceanos
do pequeno mundo
que eu já não tinha...

mas fico sem espera
nessa dúvida
que não aceita
a minha resposta...

Mário M.Carvalho


sexta-feira, 3 de setembro de 2010

UNIVERSO...

O universo
é mais que um imenso deserto
mais do que todos os mares
com ondas de luz
muitas, muitas cores
que nos perseguem de negro
e se apagam na nossa cruz...

o universo desconhecido
perturbante
interpretado
indefinidamente
em equilíbrios
e fugas...

poderemos ver
além do universo
ou cegarmos
no nosso reverso...

Mário M.Carvalho




quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A NÃO EUROPA...

Nos não caminhos
da in-descoberta
há uma vida dispersa
e inflamada...

rostos incultos
que respiram
indiferença...

é o não caminho
impróprio
numa raíz infestada...

é um não caminhar
entre indecisões
e imprudências...

as in-soluções
nesta derrocada
in-percebida...

a não europa
dos in-competentes.


Mário M.Carvalho



quarta-feira, 1 de setembro de 2010

MENINA ESTÁS À JANELA - tradicional

NÃO SEI...

Não sei
na razão que se esconde
se me descobri
ou fui para longe...

não sei
se ando vestido
porque me observo
no lugar de hoje
dentro dos muros
em que me reservo...

não sei
viver sem mim
passar ao meu lado
navegar no nada
e sentir-me afogado
não ver o meu fim...

não sei
se existiu o meu tempo
ou um corpo a mais
na sombra do vento...

Mário M.Carvalho








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Coimbra

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