BEM-VINDOS E ESPERO QUE PASSEM UM MOMENTO DE PRAZER

O luar desconhecido que nos fascina e descobre na penumbra











Nem sempre há luar onde o homem nasce







MENSAGENS


MENSAGENS

Obrigado, Mário.. É uma honra e um prazer ler o quão bem escreve.

Um abraço

Pedro Abrunhosa





domingo, 27 de fevereiro de 2011

NOS DEGRAUS DO PRÉDIO...

O final de dia
a ouvir música
ler um livro...

ouve-se Maná
o encanto latino
uma recarga...

talvez se leia Agualusa
delicioso, directamente
de Angola...

encostado no sofá
do lado de fora
a devorar-me
a noite...

também dormem
nos degraus
do prédio...

Mário M.Carvalho

QUANTOS ANOS TENHO...

Ao mesmo tempo
que leio as horas
em perspectiva
escrevo
a voz da cidade
com uma caligrafia
que treme...

atrás de mim
imagino pássaros
que giram
em volta do sol
como insectos
que dançam
nas lâmpadas
do quintal...

árvores com neve
em todas as janelas
e um café
servido à lareira...

sem saber ao certo
quantos anos
tenho...

Mário M.Carvalho

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

PORTO...

Nos meus pés
passam as tuas ruas
ainda vejo casas
e um esqueleto
de granito e tijolos
emparedados....

és um cemitério
de história
em cada rua
ficaram de pé
à espera
de uma sepultura
algemados...

carcaças
de vidro...

pedaços de morte
presente...

indiferente...

Mário M.Carvalho

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

UM DIA...

Hei-de voltar
repetido
no destino
desenganado
e sustido...

no patamar
ficou
o meu rascunho
que te deixei
delido...

pintei
a única estrela
que não se via...

esgotei
os meus olhos...

um dia...

Mário M.Carvalho

sábado, 19 de fevereiro de 2011

MARÉ SUBMERSA...

Corre o mar
nas minhas veias
areais escondidos
nas falésias...

águas a rastejar
carícias nuas
de espumas frágeis
nas conchas vazias....

mítico lamento do dia
em turquesa
dourado
que foge
lívido...

corais de prata
o luar do desejo
ancorado
nas algas e medusas
a maré
submersa...

nas minhas veias...

Mário M.Carvalho

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

SEREI EM TI...

Serei em ti
a seda
que voa no teu sorriso...

beijo do nosso abraço
permanente...

um sinal
aberto em pleno espaço..

a chama insaciável
que flutua
transparente...

Mário M.Carvalho

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

SABOR A FRIO...

As frases que me fugiram
entre sonhos devorados
os silêncios que se ouviram
em negros e tristes fados...

ouvi um verso parar
na memória que ficou
era alguém que veio amar
um pássaro levantou...

na escarpa de algum moinho
de nuvens altas e pastos
onde o vento vem sozinho...

longe, ainda, canta o rio
a tropeçar nos socalcos
soubesse eu sabor a frio...

Mário M.Carvalho

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

SEM FADIGA...

Sem fadiga
no acaso
inquieta na retina
uma dormente
vertigem
que se elide
no meu desmaio
[vibra] sem dor...

inútil
a minha lucidez
na gruta das sombras
escureceram
medos...

derrete-se a cor
na luz da névoa
celeste..

ainda vejo
um raio
que foge das trevas
[terrestre]...

quero segui-lo
com os meus dedos...

Mário M.Carvalho

sábado, 12 de fevereiro de 2011

NA MÁSCARA DA CIDADE...

As palavras diluídas
na madrugada...

na máscara da cidade
desencontrada...

esquinas sem luz
forradas de azulejo
nas noites
acordadas...

vibrações exaustas
nos fantasmas crús
metamorfoses de led
irradiadas...

brilham corpos
de água
lado a lado
nas gotas
suadas...

Mário M.Carvalho

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

NA CINZA DOS SEGREDOS...

Ela esqueceu-se
do ouvido dele
na almofada....

ela sonhava
indiferente,
nem amor
vegetal...

incandescente,
ele procurava
amor
carnal...

os lábios abolidos
talvez beijassem
os silêncios despidos
na cinza dos segredos...

Mário M.Carvalho

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

UMA VAGA NO ABISMO...

Ouvia no tempo
lábios que murmuram
nas dunas
ausências no vento
e espumas...

manchas de olhares
que sangram mar...

braços de espinhos
a rasgar a bruma
afadigados
[desesperavam]...

uma vaga no abismo
e lá ficavam [amados]...

Mário M.Carvalho

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

MAIS ALÉM...

Não me chorem
dores e lamentos...

a minha felicidade
transborda
a minha margem...

por momentos...

basta um olhar
padecente imagem
à porta de alguém
e caio inserto
mais além...

disperso
porém...

Mário M.Carvalho

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

NO DESTINO DO MAR...

No destino do mar
o barco vagueava
como criança perdida
espreitava...

rumos cegos
equívocos
na maré do luar...

desfazem-se ao longe
nas ondas
e nas sombras...

Mário M.Carvalho

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

VOO ARDENTE...

Na boca a vontade de um beijo
um corpo crescente...

despe-se uma rosa
uma mão inocente
na sombra do desejo
o olhar sôfrego
dos seios brancos

um suspiro lento
no voo ardente
desenhado no vento...

Mário M.Carvalho

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Póvoa de Varzim

Póvoa de Varzim

Covilhã

Covilhã

Coimbra

Coimbra