ouve-se a água
que corre persistente...
um eco entre a folhagem
desce a serra
ao de leve
entre as escarpas
ali, expostas
entranhadas na terra
desenhadas no vento
por penas brancas de neve...
uma fria aragem
docemente...
no calor desta manhã
que me chamou
respirei a cidade
nas cores e nos rostos...
simplesmente...
nas cores e nos rostos...
simplesmente...
nada secou
as lágrimas e o suor
que salgaram estas pedras,
que salgaram estas pedras,
estas calçadas...
alguém as sofreu
e amou
eternamente...
alguém as sofreu
e amou
eternamente...
esse granito
que nos veste de lã
soube esperar no tempo...
quem sonha, sente
pode ser pedra e serra
e sabe ser Covilhã
profundamente...
Mário M.Carvalho
pode ser pedra e serra
e sabe ser Covilhã
profundamente...
Mário M.Carvalho
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