Gestos suaves
um corpo
livre
num andar
que foge
de salto alto...
o perfume...
um baton
doce
da cor das unhas...
o peito
vivo
num decote
rasgado...
um Shiraz
Argentino
e um nocturno
de Chopin...
um sorriso
íntimo...
uma rosa
vermelha
escondida
no olhar...
uma serenata
um poema
em qualquer
luar...
Mário M. Carvalho
BEM-VINDOS E ESPERO QUE PASSEM UM MOMENTO DE PRAZER
O luar desconhecido que nos fascina e descobre na penumbra
Nem sempre há luar onde o homem nasce
MENSAGENS
MENSAGENSObrigado, Mário.. É uma honra e um prazer ler o quão bem escreve.
Um abraço
Pedro Abrunhosa
domingo, 31 de outubro de 2010
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
ESCONDIDOS DO SOL...
o sabor das palavras
que se cruzam
com o vinho de Pécs
entardece o paladar
dos sons
que se adoçam
e se percebem....
na orla do silêncio
desaparece a voz
e a memória áspera
desalinhada
em ruídos surdos...
ouve-se o canto
quebrado
uma derrota abafa-se
brandamente
no som de um violino
distante...
ondas sonoras
que percorrem
os séculos da noite
e se repetem
simetricamente
como o pó
que se desenha
no dobrar
de uma folha de papel...
escondidos do sol
como as serpentes
rostos desinteressados
numa agonia
inapelável...
o vento sacode
os sofrimentos
que se entrelaçam...
Mário M.Carvalho
que se cruzam
com o vinho de Pécs
entardece o paladar
dos sons
que se adoçam
e se percebem....
na orla do silêncio
desaparece a voz
e a memória áspera
desalinhada
em ruídos surdos...
ouve-se o canto
quebrado
uma derrota abafa-se
brandamente
no som de um violino
distante...
ondas sonoras
que percorrem
os séculos da noite
e se repetem
simetricamente
como o pó
que se desenha
no dobrar
de uma folha de papel...
escondidos do sol
como as serpentes
rostos desinteressados
numa agonia
inapelável...
o vento sacode
os sofrimentos
que se entrelaçam...
Mário M.Carvalho
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
INCONSCIENTE...
Está entre as mãos, entre nós
o teu lugar, que me sobra
quando respiro e não vejo
alguém ainda sente
o que ficou para trás
irreversivelmente...
despejei nas palavras
as certezas ignoradas
uma ave errante
de paixões solitárias
com voz no coração
de virtudes sem coragem
para dizer não...
a última essência
uma harmonia livre
sem qualquer glória
que acaba por se perder
inconsciente
e que fica até morrer...
Mário M.Carvalho
o teu lugar, que me sobra
quando respiro e não vejo
alguém ainda sente
o que ficou para trás
irreversivelmente...
despejei nas palavras
as certezas ignoradas
uma ave errante
de paixões solitárias
com voz no coração
de virtudes sem coragem
para dizer não...
a última essência
uma harmonia livre
sem qualquer glória
que acaba por se perder
inconsciente
e que fica até morrer...
Mário M.Carvalho
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
DESAPARECEM...
Ainda aqui estou
no rosto
que se cansa
nessa manhã
de outono...
depois de ver
o sol
que me aperta...
suspenso
entre mim
e o universo...
os olhares
que me perseguem...
só ficam as sombras
que desaparecem...
Mário M.Carvalho
no rosto
que se cansa
nessa manhã
de outono...
depois de ver
o sol
que me aperta...
suspenso
entre mim
e o universo...
os olhares
que me perseguem...
só ficam as sombras
que desaparecem...
Mário M.Carvalho
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
ALMA NUA...
De uma vez
solta
as fúrias
que se desenham
não te percas
dentro de ti
abre as palavras
que te sufocam
desce a madrugada
fria e crua
atravessa
os sobressaltos
despe a tua alma
a vida é nua...
Mário M. Carvalho
solta
as fúrias
que se desenham
não te percas
dentro de ti
abre as palavras
que te sufocam
desce a madrugada
fria e crua
atravessa
os sobressaltos
despe a tua alma
a vida é nua...
Mário M. Carvalho
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
DE VEZ EM QUANDO...
Passa um momento
na folhagem
que se agita
a contemplar o prazer
a desejar
o que sempre
nos fugiu
somos assim
como o vento
e ficamos calados
passamos por nós
de vez em quando
mesmo sabendo
quem somos
choramos
de vez em quando...
Mário M. Carvalho
na folhagem
que se agita
a contemplar o prazer
a desejar
o que sempre
nos fugiu
somos assim
como o vento
e ficamos calados
passamos por nós
de vez em quando
mesmo sabendo
quem somos
choramos
de vez em quando...
Mário M. Carvalho
sábado, 9 de outubro de 2010
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
SEREI EU ?
neste suspiro
sem fôlego
rasgou-se
a surpresa...
entre véus
de espuma
abriu-se
o sonho...
uma réstia de mim
respirou
um alivio
sem dor
renasceu...
serei eu?
Mário M.Carvalho
sem fôlego
rasgou-se
a surpresa...
entre véus
de espuma
abriu-se
o sonho...
uma réstia de mim
respirou
um alivio
sem dor
renasceu...
serei eu?
Mário M.Carvalho
A MESMA RUA...
Não encontro
a mesma rua
por onde passei...
procuro
incansável
um sinal
uma ponte...
tudo
inconstante
diferente...
a mesma rua...
não sei
já não sei
por onde andei...
Mário M.Carvalho
a mesma rua
por onde passei...
procuro
incansável
um sinal
uma ponte...
tudo
inconstante
diferente...
a mesma rua...
não sei
já não sei
por onde andei...
Mário M.Carvalho
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
UM FIO DE FUMO...
Um vazio
e um nada
que se escondem
entre mim
e Kepler
nas minhas
seis saídas
que se desfazem
em água a correr
como a sua neve...
um fio de fumo
que se estende
em mim
ao de leve...
Mário M.Carvalho
e um nada
que se escondem
entre mim
e Kepler
nas minhas
seis saídas
que se desfazem
em água a correr
como a sua neve...
um fio de fumo
que se estende
em mim
ao de leve...
Mário M.Carvalho
terça-feira, 5 de outubro de 2010
SINESTESIA...
Percebe-se
na tua pele
o teu som,
sinestesia
adormecida
que me transforma
na dor
de não te ver...
respira-se
o teu sabor
entre
palavras
de várias
cores...
um sentido
a mais
no destino
despercebido
que nos afastou...
resta o olhar
que me fixou
num infinito
sem luar...
Mário M.Carvalho
na tua pele
o teu som,
sinestesia
adormecida
que me transforma
na dor
de não te ver...
respira-se
o teu sabor
entre
palavras
de várias
cores...
um sentido
a mais
no destino
despercebido
que nos afastou...
resta o olhar
que me fixou
num infinito
sem luar...
Mário M.Carvalho
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