BEM-VINDOS E ESPERO QUE PASSEM UM MOMENTO DE PRAZER
O luar desconhecido que nos fascina e descobre na penumbra
Nem sempre há luar onde o homem nasce
MENSAGENS
MENSAGENSObrigado, Mário.. É uma honra e um prazer ler o quão bem escreve.
Um abraço
Pedro Abrunhosa
sexta-feira, 30 de julho de 2010
GOTAS DE ÁGUA...
Há um chapinhar
numa água presa...
escondemo-nos
em cada gota
que salta...
somos todas
essas gotas,
cada uma leva-nos
só p'ra si...
como se tivessemos
perdido gotas
em todos os lugares...
foi como nos conheceram
a gota que deixámos
no album de alguém...
e será assim
que ficaremos
nas gotas
dessa água que perdemos...
Mário M.Carvalho
numa água presa...
escondemo-nos
em cada gota
que salta...
somos todas
essas gotas,
cada uma leva-nos
só p'ra si...
como se tivessemos
perdido gotas
em todos os lugares...
foi como nos conheceram
a gota que deixámos
no album de alguém...
e será assim
que ficaremos
nas gotas
dessa água que perdemos...
Mário M.Carvalho
quinta-feira, 29 de julho de 2010
quarta-feira, 28 de julho de 2010
terça-feira, 27 de julho de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
À ESPERA...
Encontrei uma chave
enferrujada
debaixo do meu tapete...
uma espera
que permanece...
como o ocaso
espera pela noite...
espera-se
um beijo,
uma palavra...
fico eu e a noite
à tua espera...
sou levado
por sonhos e luares
que não me esperam...
o sol não esperou,
a noite não quis ficar...
os pássaros e as flores
não podem esperar...
e lá estava
a mesma chave
que ficou...
Mário M.Carvalho
enferrujada
debaixo do meu tapete...
uma espera
que permanece...
como o ocaso
espera pela noite...
espera-se
um beijo,
uma palavra...
fico eu e a noite
à tua espera...
sou levado
por sonhos e luares
que não me esperam...
o sol não esperou,
a noite não quis ficar...
os pássaros e as flores
não podem esperar...
e lá estava
a mesma chave
que ficou...
Mário M.Carvalho
sábado, 24 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
AS SOMBRAS...
Sente-me de perto
na penumbra
difusa...
algum eco
entre cores esfumadas
no fundo das sombras,
um sopro aberto...
na tua sombra paralela
desenrolada
imprecisa...
um desenho
incompleto
na minha luz...
a tua distância
cruzada
na minha sombra...
o teu rosto
fresco e solto
entre o teu corpo
e o meu
dispersos na mesma
sombra...
Mário M.Carvalho
na penumbra
difusa...
algum eco
entre cores esfumadas
no fundo das sombras,
um sopro aberto...
na tua sombra paralela
desenrolada
imprecisa...
um desenho
incompleto
na minha luz...
a tua distância
cruzada
na minha sombra...
o teu rosto
fresco e solto
entre o teu corpo
e o meu
dispersos na mesma
sombra...
Mário M.Carvalho
terça-feira, 20 de julho de 2010
UM ADEUS...
Não te conheci na noite que choravas
e te despias
entre penas vermelhas e brancas...
o teu corpo era uma recordação
que já não falava de ti
nem dos teus sonhos
já não falava de ti...
eu olhava-te
e esperava-te sempre
nos meus lábios
como uma nuvem
que me encobria o céu
uma nuvem...
nas minhas palavras
só existe um fogo seco
onde os sons
são raiva de mim...
um navio afundou-se
nas nossas águas
e levou
tudo o que tinhamos
nas nossas águas...
ficou um adeus
entre palavras
que já não falavam
um adeus...
Mário M.Carvalho
e te despias
entre penas vermelhas e brancas...
o teu corpo era uma recordação
que já não falava de ti
nem dos teus sonhos
já não falava de ti...
eu olhava-te
e esperava-te sempre
nos meus lábios
como uma nuvem
que me encobria o céu
uma nuvem...
nas minhas palavras
só existe um fogo seco
onde os sons
são raiva de mim...
um navio afundou-se
nas nossas águas
e levou
tudo o que tinhamos
nas nossas águas...
ficou um adeus
entre palavras
que já não falavam
um adeus...
Mário M.Carvalho
ENTRE MIM...
Queria saber falar
todas as línguas de babel
poder percorrer
as profundezas da terra
subir a todos os astros
e andar de rojo pelo chão...
a vida existe
além do que eu observo
e deslaça-me...
o meu cérebro
esmaga-me...
queria abrir
as minhas águas
e atravessar-me...
nunca vi
o ar que respiro...
sou-me intangível
e estou aqui...
Mário M.Carvalho
todas as línguas de babel
poder percorrer
as profundezas da terra
subir a todos os astros
e andar de rojo pelo chão...
a vida existe
além do que eu observo
e deslaça-me...
o meu cérebro
esmaga-me...
queria abrir
as minhas águas
e atravessar-me...
nunca vi
o ar que respiro...
sou-me intangível
e estou aqui...
Mário M.Carvalho
sábado, 17 de julho de 2010
sexta-feira, 16 de julho de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
SOLO PER TE...
Come il mio cuore
sogna quando ritiene
le tuoi parole…
lascia-me sentire
le tuoi labbra sottili
sorridere per me…
desidero perdermi
con te in tutte
le foreste
in tutti i mari…
lascia-mi caduta
e rebolar
da tutte le colline
che arrivano ai tuoi piedi…
non desidero
un'altra musica
per cullare
né altre
occhi per baciarmi…
Mário M. Carvalho
terça-feira, 13 de julho de 2010
segunda-feira, 12 de julho de 2010
TODOS OS ANOS...
Anos
nascem todos os anos
tantos anos...
já nem sabemos porquê
passamos uns pelos
outros... anos...
são o que somos...
somos muitos anos
porque ainda queremos...
temos de viver cada ano
para juntar
todos os anos...
nunca fazemos anos
eles é que nos fazem e
desfazem a nós...
Mário M.Carvalho
domingo, 11 de julho de 2010
VENCER...(Livro dos vivos IX)
Encontrei-te
enlaçada
por serpentes
e acorrentada...
estavas onde
já não havia nada...
esperavas um sorriso
e nem o sol
nascia nos teus dias,
não havia nada...
a noite desaparecia
entre barcos perdidos
que não regressavam
ao teu porto...unidos
sozinha
conseguiste ficar de pé
junto de ti
arrancaste as tuas correntes,
uma a uma...
tinhas um barco à espera
entre os juncos...na folhagem
da beira do rio
atravessaste a tua margem,
p'ra sempre...
tinhas a chama
regressaste do vazio
numa aurora percebida
venceste a lama
já não estás desaparecida...
Mário M.Carvalho
quinta-feira, 8 de julho de 2010
quarta-feira, 7 de julho de 2010
YOUR CHANCE
Open your winter,
sings your favorite songwith your friends
and says to them
who are you,
what you want...
walks in the dark night.
through the mirrors
that will scare you...
breaks the windowpanes
and walls that block you...
make a new design
and paint it with your colors
you are in the other side
of the street waiting for you...
no one raised the stones
of your way...
now it´s your chance
who can tell ?
it chooses for you...
Mário M.Carvalho
HORIZONTE...(Livro dos vivos VII)
Gosto de ver esse risco
desenhado no fundo do horizonte
onde o céu se esconde do oceano...
é um traço perfeito,
onde mergulha o pôr-do-sol
e se afoga o dia persistente,
desfeito...
vejo ondas nas praias do meu sol
a arder intensamente...
levanto um punhado de areia no ar
mas não consigo apagar
esse fogo que me arde consistente...
vejo ao longe
a quebrar essa margem,
navios e veleiros,
não dizem p'ra onde vão...
gostaria que me levassem
p'ra ver o meu horizonte,
a minha imagem...
ficam escuros, tão escuros
que já não são,
parecem sombras desenhadas
no tempo...
não trazem tesouros,
nem lamento...
aguardo aqui sentado
e vejo o último suspiro
em que o sol padece
desesperado
à espera da lua...
não aparece
na luz escurecida
para segurar
essa linha que me afaga....
numa despedida
que não se apaga...
Mário M.Carvalho
segunda-feira, 5 de julho de 2010
O QUE FICOU... (Livro dos vivos VI)
Nunca me passou
esse sol fresco
que comigo navegou
por muitos locais e horizontes
que visitei
onde...de certo,
nunca mais voltarei...
eram cidades, pradarias e mares
foram desertos e savanas
montanhas,lagos e rios...
fui eu que lá passei
sim....e também amei...
por minha sorte talvez
por minha culpa...não sei...
ainda sinto esses olhares
mesmo sem espaço...em mim
foram gotas de água
que me salpicaram....e o luar
o desenho que esbocei
perdeu a cor
e eu já lá não vou...
mas foi esse sabor
agri-mel...que ficou...
Mário M.Carvalho
domingo, 4 de julho de 2010
POR TI...
A vida tem montanhas
que se estampam contra nós...
que não conseguires dizer...
rasga o tempo
que te atropelou...
deita fora
o que apodreceu...
canta as palavras
que lês a preto e branco...
tira uma fotografia
de corpo inteiro
e vai reconstruir o teu puzzle...
abre a porta
deixa sair a noite
que te escureceu...
refresca-te nas águas límpidas
de um novo rio...
sente por ti
o que ninguém
sentiu...
Mário M.Carvalho
O MEU DESERTO...
Consigo ver desta sala
o mundo inteiro
sentir todos os gestos
ouvir todos os passos...
não me consigo ver a mim
nem longe, nem perto,
perceber os outros é mais simples
e sorrir é fácil,
nada é certo...
ainda quero ouvir cantar,
ver o rosto daqueles que amam
e dos que sofrem...
passo a vida
a preencher o meu deserto...
Mário M.Carvalho
sábado, 3 de julho de 2010
PEREGRINAÇÃO
Serpentina humana
apaixonadamente envolvida
em romances hipnóticos
numa crença envelhecida...
perversa falsidade
em elegantes jornadas
por caminhos lamacentos
quanta ingenuidade...
Mário M. Carvalho 1985
VIVIR POR TI...
el dolor
que me ocurre
no es de tu amor
es de la llama
que me consume
el vientre
por no haberte
junto a mí...
quería siempre
sentir
el sabor
de tu cuerpo
en mis palabras...
nada tengo
para decir
que tú no sepas de mí...
tu eres mí
sentir
sólo quiero
vivir por ti...
Mário M. Carvalho
ARMADOS
Salteadores de outras paragens
que se aproximam,
calados e tenazes
que se perdem
e confundem...
abutres de garras abertas
no espírito encurralado
por ideais masturbados
de sarcasmo céptico
e fardas engomadas...
opressores e armados...
Mário M.Carvalho 1984(não publicado)
PERSEGUIÇÃO
Por caminhos perdidos em maresia
nos ombros de pérfidas ambições,
soluços de angústia que se alcançam
em ventos ofegantes de ironia...
banhos de frescura encruzilhada
entre paredes que se abrem
e desenham correntes de ilusões
na armadilha do nevoeiro
agigantado entre becos esguios
que nos afastam do caminho...
Mário M.Carvalho 1986 (Não publicado)
quinta-feira, 1 de julho de 2010
FUGIU-ME NO TEMPO...
Já me ardem as mãos
de bater no tempo que perdi...
era às vezes eu
que levava um castelo na mão...
saído de todas as estradas
e por alguns pinhais
fugiam como os ratos dos tremores de terra,
eram serpentes que se esgueiravam
e não tinham buracos em nenhum chão...
nem por essas montanhas
que têm águias a pairar
passava uma daquelas estrelas
que eu queria apanhar...
era sempre o morcego da noite
que visitava os currais
onde havia mais insectos...
eu fugia sempre
para cima das pedras,
conseguia ver a noite toda
e nem tinha de procurar...
depois tínhamos cerejas
bem alto, nas cerejeiras
nós, como macacos, subíamos
para as apanhar...era quase dia...
chegava cansado
mas trazia o meu castelo
debaixo do braço,
só via galinhas a esvoaçar
à minha volta...a manhã enlouquecia
mas já não havia ratos,
nem serpentes....viam -se as toupeiras
a levantar o chão...passaritos a voar...
estou desolado com o tempo
que me fugiu...
eu já sabia beber cerveja...e cantar
agora nem comer sei...
e era a correr que eu me cansava...
precisava de mais tempo
queira mudar as fontes
do meu pensamento...
Mário M.Carvalho
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