Encontrei-te
enlaçada
por serpentes
e acorrentada...
estavas onde
já não havia nada...
esperavas um sorriso
e nem o sol
nascia nos teus dias,
não havia nada...
a noite desaparecia
entre barcos perdidos
que não regressavam
ao teu porto...unidos
sozinha
conseguiste ficar de pé
junto de ti
arrancaste as tuas correntes,
uma a uma...
tinhas um barco à espera
entre os juncos...na folhagem
da beira do rio
atravessaste a tua margem,
p'ra sempre...
tinhas a chama
regressaste do vazio
numa aurora percebida
venceste a lama
já não estás desaparecida...
Mário M.Carvalho
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