desenhado no fundo do horizonte
onde o céu se esconde do oceano...
é um traço perfeito,
onde mergulha o pôr-do-sol
e se afoga o dia persistente,
desfeito...
vejo ondas nas praias do meu sol
a arder intensamente...
levanto um punhado de areia no ar
mas não consigo apagar
esse fogo que me arde consistente...
vejo ao longe
a quebrar essa margem,
navios e veleiros,
não dizem p'ra onde vão...
gostaria que me levassem
p'ra ver o meu horizonte,
a minha imagem...
ficam escuros, tão escuros
que já não são,
parecem sombras desenhadas
no tempo...
não trazem tesouros,
nem lamento...
aguardo aqui sentado
e vejo o último suspiro
em que o sol padece
desesperado
à espera da lua...
não aparece
na luz escurecida
para segurar
essa linha que me afaga....
numa despedida
que não se apaga...
Mário M.Carvalho
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