BEM-VINDOS E ESPERO QUE PASSEM UM MOMENTO DE PRAZER

O luar desconhecido que nos fascina e descobre na penumbra











Nem sempre há luar onde o homem nasce







MENSAGENS


MENSAGENS

Obrigado, Mário.. É uma honra e um prazer ler o quão bem escreve.

Um abraço

Pedro Abrunhosa





quinta-feira, 1 de julho de 2010

FUGIU-ME NO TEMPO...

Já me ardem as mãos
de bater no tempo que perdi...
era às vezes eu
que levava um castelo na mão...

saído de todas as estradas
e por alguns pinhais
fugiam como os ratos dos tremores de terra,
eram serpentes que se esgueiravam
e não tinham buracos em nenhum chão...

nem por essas montanhas
que têm águias a pairar
passava uma daquelas estrelas
que eu queria apanhar...

era sempre o morcego da noite
que visitava os currais
onde havia mais insectos...

eu fugia sempre
para cima das pedras,
conseguia ver a noite toda
e nem tinha de procurar...

depois tínhamos cerejas
bem alto, nas cerejeiras
nós, como macacos, subíamos
para as apanhar...era quase dia...

chegava cansado
mas trazia o meu castelo
debaixo do braço,
só via galinhas a esvoaçar
à minha volta...a manhã enlouquecia

mas já não havia ratos,
nem serpentes....viam -se as toupeiras
a levantar o chão...passaritos a voar...

estou desolado com o tempo
que me fugiu...
eu já sabia beber cerveja...e cantar
agora nem comer sei...
e era a correr que eu me cansava...

precisava de mais tempo
queira mudar as fontes
do meu pensamento...

Mário M.Carvalho




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